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quinta-feira, 4 de julho de 2013

MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA DO SÉCULO XXI

Pobre blog, semiabandonado nestas semanas tão conturbadas!
Mas não teve jeito: a vida "virtual" teve que ceder espaço à vida REAL, porque coisas demais aconteceram ao mesmo tempo.

Primeiro, duas semanas intensas de manifestações de rua, milhares de pessoas marchando pelas cidades do país inteiro, reivindicando e protestando. Tudo começou com os aumentos das passagens de ônibus... que autoridade alguma deu importância. Mas, longe de perder força, a indiferença dos governantes só fez crescer as manifestações. Em uma semana, o movimento era nacional. Em uma semana, haviam listas de reivindicações escritas nos cartazes da população nas ruas. Na semana seguinte (finalmente), os políticos entenderam que o movimento veio prá ficar.

Foi bonito de ver, foi emocionante participar.
Foi gostoso espalhar na voz e na Net, a frase que estava entalada na garganta há anos.
VOCÊ NÃO ME REPRESENTA. Não, senhor político, o senhor não me representa. Não, partidos políticos, vocês não me representam. Não aos vândalos oportunistas que esperavam a multidão passar para depredar nossas cidades... vocês não me representam. E não, imprensa tendenciosa, mídia politiqueira, jornalismo oportunista, vocês também não me representam.

Não foi um movimento "conservador", nem liberal,.
Foi o povo na rua.
Não foi um movimento "partidário", nem foi algum tipo de "golpe de estado".
Foi o povo na rua.
Sem líderes. Sem representantes.
Cada um com seu cartaz caseiro, escrito à mão, levantado com palavras de ordem que eram inventadas na hora, no meio das passeatas, da mesma forma aleatória como foram definidos os primeiro percursos das multidões.
Foi bonito de ver!

E neste meio tempo...sim, o Brasil foi campeão na Copa das Confederações.
Claro que assisti aos jogos (pela televisão) e vibrei com cada gol.
E porque não?

Nem por isso a vida para. O trabalho seguiu em frente, prazos sobre prazos, reuniões sobre reuniões. Tanta adrenalina, e já voltei aos trabalhos. Um concurso de contos foi o bastante para estipular um prazo e revisar os quatro contos que já tinha esboçado, e que juntos fazem o mínimo para concorrer. Não tenho expectativa de premiação, mas gosto dos prazos que estes concursos me impõem. Acho necessário, enquanto esta vida não me traz muitas opções além de escrever prá gaveta. Não faz mal. Ninguém lê, mas estou escrevendo sempre um pouquinho melhor. E com mais paciência prá revisar os textos (coisa chata! E parece que nunca termina... sempre tem alguma coisa prá mudar...). E desenhei, e pintei, e coloquei uma argila na mesa. Vou fotografar, depois posto alguma coisa aqui.

E então, meu blog ficou aqui, paradinho, às moscas.
Os livros lidos agora fazem uma pequena torre do lado da cama, recuso-me a guarda-los enquanto não tiver resenhado aqui um pouco de seu conteúdo. Mas isso, não farei hoje. É tarde, estou cansada, nem o relatório das exposições e do curso não consegui fazer por completo.

Não faz mal.
Um pouco a cada dia
Um passo de cada vez.




OFICINA DE INVERVENÇÕES URBANAS, com a estátua em gesso em exposição na EMBAP
2013







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