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segunda-feira, 21 de abril de 2014

A CASA DA FLORESTA, de MARION ZIMMER BRADLEY

Com o passar dos anos, fica cada vez mais difícil encontrar livros de MARION ZIMMER BRADLEY. Com a notável exceção das Brumas de Avalon, os demais só vejo esporadicamente, um ou outro da (minha amada) série Darkover, ou volumes esparsos de alguma de suas trilogias.

Bisbilhotando no site da parceria Lê Livros, encontrei uma história que ainda não tinha lido. Como já indiquei em outros posts, neste site a obra é disponibilizada para download gratuito, e o endereço eletrônico está na legenda da capa, abaixo.

A CASA DA FLORESTA, de MARION ZIMMER BRADLEY




A CASA DA FLORESTA é uma história ambientada na Escócia, no confronto entre a mitologia pagã e a conquista dos romanos. Estava com saudade em ler obras no inconfundível estilo da Marion Zimmer Bradley, e neste ponto a leitura foi deliciosa.

Mas, desta feita, Marion não tem pudor em tecer uma tragédia.
Confesso que passei o livro inteiro à espera de uma reviravolta que não aconteceu. Há algo de triste, desesperançoso mesmo, no amor proibido do meio romano Gaius - ou Gawen,como o chamava sua mãe nativa -, e a jovem Eilan, a quem o destino e a Deusa determinaram fosse a Grã Sacerdotisa em um período tumultuado.

É quase uma história sobre a perda da inocência, dos ideais da juventude, da amargura no final das batalhas. Senti falta da energia pulsante das Amazonas Livres de Darkover, tão frágil na única personagem Caillean, talvez porque o livro tenha por base as pesquisas da dominação romana na Escócia, e todos saibamos de seu final trágico.

A INCRÍVEL TECNOLOGIA DOS ANTIGOS, por DAVID HATCHER CHILDRESS

Já tinha ouvido falar deste livro, acho que em algum programa sobre a teoria dos deuses alienígenas ou algo similar. Mas quantas vezes peguei a referência de um livro, ou um autor que simplesmente não encontro para comprar?

Estava procurando romances de fantasia na Lê Livros, quando passei os olhos por mais este, e não resisti. Tive que baixar o downloud, e se você quiser fazer o mesmo, o endereço eletrônico segue na legenda abaixo da capa do livro, é só clicar. (li em "português de Portugal", na tradução de Marcello Borges, Edutora Aleph, 2005).

A INCRÍVEL TECNOLOGIA DOS ANTIGOS, por DAVID HATCHER CHILDRESS


O livro é tão bom quanto eu queria que fosse. Cheio de curiosidades e fartamente ilustrado (embora algumas ilustrações deixem a desejar, ainda mais porque li no tablet, uma mídia com a qual custo a me acostumar).

O autor traça um paralelo entre a tecnologia atual, e curiosos artefatos encontrados nas escavações arqueológicas, que muito bem indicam a possibilidade de uma tecnologia parecida, ou até mais avançada do quê a que temos conhecimento. Ele segue a hipótese de que a humanidade já foi uma civilização avançada, mas que destruída por um cataclisma citado em todas as mitologias antigas, perdeu conhecimento até retornar a uma "idade da pedra". Confesso que também acredito nisso...

Talvez por isso que, em meio a tantas curiosas evidências de precedentes tecnológicos complexos, tenha sido o capítulo sexto (pg 157 e seguintes), cogitando de uma guerra atômica, o que mais me impressionou.

O autor comenta sobre uma camada de vidro verde, profunda no vale do Rio Eufrates, anterior a escavações indicando civilização "na Idade da Pedra", mas que remete ao mesmo fenômeno no Novo México, resultado de testes de bombas nucleares.

Este vidro é tão antigo, que foi encontrado esculpido na forma do escaravelho, centro de uma das jóias do túmulo de Tutankamon.

Jóia - escaravelho sagrado - encontrada no túmulo de Tutankamon



O mesmo fenômeno existe, similar, em fortes vitrificados da Escócia.

Transcrevo parte do texto:


Incríveis evidências de uma antiga guerra atômica

Esta nota apareceu na edição de 16 de fevereiro de 1947 no jornal Herald Tribune, de Nova York (reapresentada por Ivan T. Sanderson na edição de janeiro de 1970 de sua revista Pursuit):
Quando a primeira bomba atômica explodiu no Novo México, a areia do deserto se transformou em vidro verde fundido. Esse fato, segundo a revista Free World, deu voz a certos arqueólogos. Eles estavam escavando na antiga região do vale do rio Eufrates e descobriram uma camada de cultura agrária com 8.000 anos de idade, uma camada de cultura pastoril muito mais antiga e uma cultura de homens das cavernas mais remota ainda. Recentemente, eles chegaram a outra camada [...] de vidro verde fundido.
(...)

Vidro misterioso no deserto egípcio

Um dos mais estranhos mistérios do anƟgo Egito é o das grandes lâminas de vidro, descobertas apenas em 1932. Em dezembro desse ano, R. Clayton, pesquisador do Egyptian Geological Survey, estava percorrendo uma estrada próxima ao Grande Mar de Areia no platô Saad, uma área praticamente desabitada ao norte da extremidade sudoeste do Egito, quando ouviu o pneu de seu veículo esmagar alguma coisa que não era areia. Eram grandes pedaços de um vidro maravilhosamente límpido, amarelo-esverdeado. 
Na verdade, não era um vidro comum, mas extremamente puro - espantosos 98% de silício. Clayton não foi a primeira pessoa a encontrar esse campo de vidro, pois diversos caçadores e nômades pré-históricos também encontraram o hoje famoso Vidro do Deserto Líbio, ou LDG, em inglês. O vidro fora usado no passado para fabricar armas e ferramentas pontiagudas, bem como outros objetos. Um escaravelho entalhado de LDG foi encontrado até na tumba de Tutankamon, indicando que às vezes esse vidro era usado em joalheria. (...)



Para quem gosta de enigmas da antiguidade, o livro é um prato delicioso, pronto para ser degustado. Cá prá mim, a ideia de que o "apocalipse" não seja uma profecia para o futuro, mas sim uma lembrança do passado distante, sempre foi uma possibilidade. Gosto muito deste tipo de cogitação, parece uma aventura mental imaginar que nossa história é muito mais longa do que afirmam os livros de história, ou refletir quanto se perdeu nas brumas do passado.

AS LENDAS DE IELENA ZALTANA, por MARIA V. SNYDER

Não conhecia esta autora, e só encontrei dois livros de sua autoria, ambos maravilhosos: ESTUDOS SOBRE VENENO (volume 1) e ESTUDOS SOBRE MAGIA (volume 2), que juntos compõem AS LENDAS DE IELENA ZALTANA. (Li em "português de Portugal", na tradução de Maurício Araripe, editora Harlequim, 2011)

Mais uma vez, um livro que não encontrei nas estantes da minha livraria preferida, mas sim na parceria on line da LÊ LIVROS, com a vantagem do download gratuíto. Caso lhe interesse, indico o endereço virtual para baixar os volumes, basta clicar no título do(s) livro(s) na legenda.

Estudos sobre Veneno, vol 1 de As Lendas de Ielena Zaltana, por Maria V. Snyder


Estudos sobre Magia, vol 2 de As Lendas de Ielena Zaltana, por Maria V. Snyder

Gostei do livro antes mesmo de começar a ler, pelos agradecimentos. Esta é uma mania que eu tenho, quando vou ler algo de um escritor que ainda não conheço: leio algo da biografia, geralmente a orelha do livro. E leio os agradecimentos... Já vi autor agradecer seu senhorio por aluguel inadimplido durante o período de construção da obra, mas Maria Snyder agradece, com tocante sinceridade, ao entusiasmo e apoio das pessoas próximas, que leram os originais quando ainda estava construindo a obra. Ela tem razão: tão difícil encontrar esse apoio!

Na internet, soube que o romance, publicado em outubro de 2005, ganhou o prêmio Compton Crook Amard para melhor romance. Ainda não sei se ela tem outros livros, vou pesquisar.

A história é maravilhosa.
Quantas vezes você já leu sobre uma heroína que se distancia do papel "frágil", e enfrenta com coragem os desafios de uma Jornada de Herói?
Ielena Zaltana é assim.


É uma história com um bom tanto de fantasia misturada com muita aventura e, não poderia faltar, uma paixão conturbada.
Contam as lendas que Ielena Zaltana foi sequestrada ainda muito pequena - ela entre outras -, por um bruxo mau. Conduzindo um suposto orfanato, o bruxo aguardava a chegada da adolescência, quando, através de rituais antigos, sugava a magia nascente, tornando-se mais poderoso.
Ielena consegue escapar, mas o preço de sua fuga é a condenação por crime e pena de enforcamento. Por isso, aceita alternativa que lhe é oferecida por Valek, tornar-se provadora de comida da autoridade local. Aos poucos, seus poderes mágicos vão se revelando, mas para ela isso significa somente mais uma sentença de morte, pois bruxos e feiticeiros foram banidos do país. Correndo risco de vida, Ielena e Valek se apaixonam, um amor conturbado, já que ele é um assassino conhecido e um espião perigoso.

No segundo volume, Ielena foi obrigada a fugir do país, com mais uma sentença de morte pendendo sobre sua cabeça. Mesmo sentindo falta do amado, não há outra opção senão seguir a bruxa guerreira para ser devolvida à família, de onde foi sequestrada muito pequena, e assumir a responsabilidade de aprender a lidar com sua própria magia, poderosa e descontrolada. Sua recepção é conturbada, e nem todos a recebem com saudade. Os dois países rivais estão entre a guerra ou um tratado de cooperação, mas Ielena não foge ao centro da confusão, pois é a única forma dos amantes se encontrarem novamente.

Mesmo depois de terminar a leitura, passei dias com as imagens criadas por Maria Snyder nos olhos da imaginação. Os lugares que inventa são tão bem descritos, que a imaginação parece virar uma memória. Quase consigo ver o povo das árvores, os magos poderosos, as lutas sangrentas. Ielena é uma daquelas personagens que dão força à quem lê: corajosa, irônica, determinada.

Outra coisa que gostei na história, foi a construção dos personagens, verossímeis dentro de uma poderosa fantasia, nenhum deles totalmente bom ou mau. Gosto de personagens que tem razões claras para agir como agem, de vilões com boas intenções e péssimas decisões, de heróis que também cometem seus erros.

Adorei Ielena.
Levo-a comigo, desde então.

terça-feira, 15 de abril de 2014

AS CRÔNICAS DE BRIDEI, de Juliet Marillier

Mais uma trilogia de prender o fôlego, de JULIET MARILLIER!

Desta vez, li tudo na versão "virtual", em uma edição portuguesa - pois não existe edição impressa destes livros na minha cidade, e pelo que pesquisei, acho que nenhuma editora brasileira trouxe tais volumes para o meu país.
Então, a opção foi buscar no LÊ LIVROS, com a vantagem do download gratuito.

Assim, neste post, estou acrescentando os links para o download gratuito de cada um dos tomos, basta clicar na legenda da foto de capa, sobre o nome do livro.



A trilogia AS CRÔNICAS DE BRIDEI é composta pelos tomos O ESPELHO NEGRO (1º vol), A ESPADA DE FORTRIU (2º vol) e O POÇO DAS SOMBRAS (3º vol).


O Espelho Negro – Crônicas de Bridei – Vol 1 – Juliet Marillier

A Espada de Fortriu – Crônicas de Bridei – Vol 2 – Juliet Marillier

http://lelivros.a-espada-de-fortriu-cronicas-de-bridei-vol-2-juliet-marillier


A história foi criada com base em lendas celtas, falando do universo dos druídas, magia e seres extraordinários abundantes nesta mitologia secular.

Em O ESPELHO NEGRO, Juliet Mairillier conta que, no século IV, na Escócia, o filho de uma importante sacerdotisa foi entregue aos cuidados do druída Broichan, para que recebesse educação e conhecimento de magia suficientes para mudar o destino de seu povo. O garoto, chamado BRIDEI, passa a viver em uma pequena herdade distante, sem noção da importância de sua pessoa ou do destino que lhe aguarda.

Porém, quando já iniciava a puberdade, Bridei encontra uma bebê, uma criança nascida dos Boa Gente (um povo etéreo, mágico e místico das lendas celtas), e a leva consigo, enfrentando ao druída que considera como um pai severo, e a todos que trabalham no lugar, pelo direito de proteger e criar a pequena - e estranha - menina. Ele dá-lhe o nome de TUALA, e ambos crescem juntos, sem que se saiba se tal improvável amizade trará, no futuro, a ruína ou a salvação de BRIDEI.


Em A ESPADA DE FORTRIU, Juliet Mairillier conta que o Reino de Fortriu, vivendo anos de paz sob o reinado de BRIDEI, agora prepara-se para uma guerra há muito esperada, a fim de banir os invasores galeses. Para firmar aliança militar, a nobre refém Ana viaja para o norte, oferecida em casamento a um importante rei aliado. Sua escolta é conduzida por FAOLAN, assassino e espião a serviço do Rei Bridei. Entretanto, os desastres se sucedem no decorrer da empreitada, e no destino final, Ana descobre que os Bosques de Briar são um lugar cheio de segredos, uma conspiração de silêncios em torno de um prisioneiro mantido na mais austera reclusão.

Em O POÇO DA SOMBRAS, Juiliet Mairillier conta a história de FAOLAN, o assassino e espião do Rei Bridei que, desolado por um amor não correspondido, decide resgatar sua história e confrontar seu passado sombrio. Nesta viagem, inesperadamente torna-se responsável por uma criança, um cão e EILE, uma jovem perturbada por uma vida de violência, privações e labutas. Juntos, empreendem uma longa jornada, cercados de notícias perturbadoras, vindas do reino vizinho de Circinn, e que levam o Rei a convocar um conselho de guerra.


Li os três volumes de um fôlego só.
Nem sei como conseguia trabalhar no dia seguinte, porque as madrugadas eram curtas e a história, entre amor e guerras e magia, envolventes demais.
Fiquei "apaixonada" pelos personagens de Tuala e de Faolan, passava o dia todo relembrando pedaços da história. Uma delícia de texto!




E... gostou?
Então confira a trilogia FILHA DA FLORESTA, outra saga maravilhosa de Juliet Marillier.



segunda-feira, 14 de abril de 2014

MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA - um dia de cada vez

Pobre blog, ficou jogado às traças!

Mas foi por uma boa causa: ontem terminou a temporada da ÓPERA SIDÉRIA, minha primeira produção/organização. Zilhões de detalhes prá verificar todo dia, fora o trabalho e a pós graduação que continuavam à toda.

E como valeu a pena!
Agora que terminou, olho nossas fotos da ÓPERA SIDÉRIA e fico tão feliz!
Dá até preguiça de retomar a vida "normal". E dá vontade de passar o dia inteiro agradecendo a cada pessoa que trabalhou comigo, pelo empenho, pela dedicação, pelos momentos de divertida amizade partilhada.


Mas quer saber, qual foi o MAIOR stress?
Ah, fácil! Foi o momento de expor as telas, fundo de cenário.
Porque, em tudo o mais, as responsabilidades eram, de certa forma, divididas com mais alguém. Na hora de cantar, estava no meio do coro. Para a produção, a Célia foi mais que parceira e amiga. Para o espetáculo propriamente dito, só nomes compententíssimos.

Mas a pintura, não.
Ali estava sozinha, colocando "a cara para bater".

Meu primeiro cenário...



Fernando Klug (diretor de cena) e Elaine Novaes Falco (já caracterizada para a cena)






Tela cenográfica de Elaine Novaes Falco

por Elaine Novaes Falco

Telas de fundo por Elaine Novaes Falco

Cena da prisão de ALCEU(Sidney Gomes) - telas cenográficas Elaine Novaes Falco