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sábado, 24 de agosto de 2013

A DÁDIVA DO LOBO, de Anne Rice

Consegui!
Eu li!

Tudo começou quando descobri que Anne Rice (sim, acreditam? Ela mesma!) tem uma página no facebook, que passei a seguir. Verdade que não entendo o que ela posta, porque escreve em inglês, e da língua sei pouco mais do quê pronunciar algumas marcas, uma ou outra expressão aprendida nas aulas de inglês do ensino médio e esquecidas nos anos que se seguiram e, quem sabe, contar até dez. Mas, se fico curiosa, uso um tradutor e descubro, como todo mundo faz.

Foi assim que entendi a notícia de que Anne Rice estava lançando seu segundo volume da saga dos lobisomens... segundo volume... SE-GUN-DO????
COMO ASSIM?
Eu nem vi o primeiro!

Aproveitei a hora do almoço, para ir até minha livraria predileta. Consultaram seus arquivos, nada.
Passam alguns dias, e lá estava, no face, mais um comentário e fotos do lançamento do SEGUNDO volume. Fiquei inconformada. Fucei na internet. Não é possível, aqui não é o fim do mundo, nossas editoras tem excelentes tradutores, e Anne Rice tem aqui um público fiel (inclusive EU!), oras!

E enfim, achei. Traduzido, só o primeiro volume, com título A DÁDIVA DO LOBO (leio em português, na tradução de Alexandre D'Elisa, edição de 2012 da Rocco). E tinha na loja virtual da minha livraria predileta... voltei lá. Finalmente, havia entrado no sistema, mas nenhum exemplar na loja. Encomendei. E poucos dias depois, pela primeira vez que lembre, recebi o livro em lançamento antes mesmo do título chegar às prateleiras. Só um volume foi remetido: O MEU! YESSSSS!

Esse eu li devagarinho, que era para durar a semana inteira.
Não foi difícil: na primeira parte da história, o personagem recebe como trágica herança, aquela casa que povoa os sonhos de todo mundo que ama fantasia. Será possível que exista alguém que nunca imaginou ter como sua, aquela casa imensa cheia de segredos, antiguidades, e passagens secretas, guardando ciosa a história de seus antigos moradores, escrita como que em códigos pelos objetos deixados no lugar?

E os lobisomens...
Que delícia, Anne Rice escrevendo personagens mitológicos outra vez!
Poucos autores tem sua capacidade de mostrar a beleza do monstruoso, a beleza crua de uma força quase divina. Se Lestat era o luxo dos veludos, Reuben é o vento gelado nas copas das árvores mais velhas e mais altas. Ambos são diamantes: possuem o raro, dominam o sonho.

Reuben tem pontos em comum com Lestat: a juventude, a beleza, a violência justiceira. Mas é mais... viril, digamos. Já no primeiro livro e desde o primeiro momento, mostra uma maturidade e responsabilidade em lidar com o amor das mulheres, ou seja, bem diferente da dúbia e sensual personalidade do famoso vampiro. Comparando A Hora das Bruxas, as Crônicas Vampirescas e agora a "Saga dos LobosHomens", é impressionante como a autora consegue apropriar, tão bem, o comportamento de cada época.

DÁDIVA DO LOBO é um romance para os tempos atuais, onde o raro é a natureza, o difícil é o amor que aceita desafios, o impossível é a liberdade.


Ainda bem que comprei o primeiro livro, sabendo que há um segundo.
Como em "A Hora das Bruxas", o final da história deixa tantas possibilidades em aberto, que se o segundo estivesse disponível, não estaria aqui escrevendo agora (estava lendo o segundo volume, é claro!)













2 comentários:

  1. Completa e absolutamente apaixonado por Anne Rice, que considero minha escritora preferida. Li todas as suas sagas e livros indepentendes com uma paixão indescritível de quem encontra a si mesmo em suas histórias, seus personagem e sua fascinante narrativa com seus questionamentos sobre vida, morte, amor, fé, humanidade e tudo aquilo que nos torna seres errantes e tão profundos quanto seus personagens. Neste exato momento acabei de ler "A dádiva do lobo" e a sensação de um delicioso vazio me inunda, como sempre, logo após a leitura de um livro de Anne Rice. Um delicioso esvaziamento cheio de perguntas, de anseios, de melancolia e reconhecimento...

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