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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

RE BORDOSA, de ANGELI

Mas como falar de histórias em quadrinhos, e não falar da RÊ BORDOSA?

Prá quem não conhece (será possível que alguém não conhece????), a RÊ BORDOSA era uma personagem do Angeli, a bêbada pau dágua incorrigível, hilariante, marca da minha adolescência, e personagem que amo até hoje.

Rê Bordosa tem aquela veracidade, a sinceridade rasteira dos bêbados. Na época em que descobri os quadrinhos, eu tinha um botton que dizia AINDA VOU RIR DE TUDO ISSO!, que costumava colocar na blusa antes das provas, exames, noites insones em cima da prancheta de projetos, vestibulares, amores frustrados, falta de dinheiro e tudo o mais que atazana nossa juventude, e a gente teima em esquecer à medida que vai ficando mais velho.

Naquela época, já imaginava que seria assim, e pelo menos para mim foi auto-profecia. Meus vinte anos foram medíocres, mas os trinta foram muito melhores, e assim por diante. Ás vezes, quando reclamo da vida, tento lembrar daquilo que passou, prá ter certeza que apesar dos percalços, o que eu queria mesmo era essa liberdade (de opinião, financeira, de escolha) que só a maturidade nos traz.

Pois era isso que a Rê Bordosa significava para mim, com sua graça rasteira, sua banheira compartilhada e a palavra impensada, o cabelo espetado, vestido tubinho preto e aquele gestual de coxia de teatro. E suas gírias, trago até hoje... zuzo bein? Zei láh!


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