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segunda-feira, 4 de março de 2013

MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA DO SÉCULO XXI

Semana passada alguém me perguntou (com aquele jeitinho básico de deboche...), se eu acreditava em alienígenas. Nenhuma vontade de discutir, então só respondi o básico: "o universo é grande demais para acreditar que só existe vida inteligente na Terra".

Mas o que eu acredito, é bem diferente.
Há uma coisa de que gosto muito, neste início de século XXI: qualquer um de nós pode acreditar no que quiser. 
Acho que isso se dá, em parte, pela tecnologia de comunicação. Há um senso de magia em ver som e imagem através dos rádios, televisores, cinemas, telas de computadores e afins. Há uma dificuldade real em distinguir o que é verdade, o que é mentira e o que é ficção, dentro da massa excessivamente informativa diariamente distribuída por esses meios de comunicação. O resultado, penso, é que posso acreditar no que eu quiser. Ou não acreditar. Não faz diferença.

Prá mim, a possibilidade de vida inteligente alienígena parece... algo natural. E também explica aquela sensação incômoda, de que "deus existe, mas não se importa". Porque quanto mais comparo o tamanho da Terra com o do sistema solar, e então com a galáxia, e então com o universo que tão pouco conhecemos, tanto mais parece exdrúxulo que o Grande Senhor do Universo, o Criador de Todas as Coisas, fosse se preocupar com o que cada individuo faz ou pensa em sua vidinha cotidiana, seguindo um conjunto de regras que nem sempre atentam à natureza que - em tese -, também foi Ele quem criou. Mas consigo imaginar a presença de energias protetoras nesta função, anjos, santos, entidades boas e más. E consigo imaginar a presença alienígena... porque não?

O que leva a outro pensamento.
E se nós/humanos, formos a "raça alienígena" deste planeta?

Quando penso nesta hipótese, claro que penso na coincidência inexplicada, de que só a espécie humana desenvolveu linguagem, raciocínio e tecnologia como os humanos o fizeram. Concordo com a idéia de que, se isso é uma evolução "natural", haveriam outras espécies animais igualmente capazes de um desenvolvimento intelectual compatível com o nosso.

Mas não é só.

Todas as religiões que conheço, prometem que a "alma imortal" irá deixar essa Terra para, através de uma "evolução espiritual", chegar num tal "Paraíso" que fica bem longe daqui.  
E não é raro encontrar a definição da Terra, ou a imersão da vida dentro de um corpo físico, vista como um "castigo divino".
Porque?
Se somos animais "da terra", porque olhamos o espaço com tamanho saudosismo, construímos as ilusões de perfeição nas estrelas, lugares até hoje inatingíveis, dando tão pouco valor àquilo que é natureza/natural?


E quanto conhecimento, já não perdemos nesta longa trajetória?
As recentes descobertas arqueológicas (que me fascinam, aliás), estão datando construções megalíticas em 12 a 15 mil anos atrás. Construções com o corte, transporte e encaixe de pedras tão monumentais, que nenhuma tecnologia atual conhecida seria capaz de reproduzir. 
Mas são civilizações extintas. Povos de que não sabemos sequer os nomes, muito menos suas histórias ou crenças. São agora, apenas construções, tantas delas submersas, uma presença fantamasgórica que ecoa um poder imenso hoje perdido no tempo.

Quem eram eles?
Quanto não sabemos, de nossa própria história?

É tanto, mas TANTO tempo, que qualquer coisa pode ter acontecido nestes milênios.
Não acredito, tratando-se de humanidade, em evolução linear. 
Somos uma espécie que... esquece. Esquece tudo, no passar das gerações. Esquece a história, erros e acertos, o nome de seus ancestrais, os aprendizados.
E, na história conhecida da humanidade -tantas vezes!, nos orgulhamos de esquecer. Em nome de um novo deus, um novo governante ou uma nova idéia, alegremente apaga-se o passado como se jamais tivesse existido, junto com tudo o que esse passado represente, inclusive seus aprendizados.
Como espécie, quanto já soubemos, e quanto conhecimento já se perdeu?

Talvez, já tenhamos viajado pelas estrelas. 
Talvez, já tenhamos convivido com alienígenas.
Talvez, nós mesmos sejamos, em parte, alienígenas vivendo o exílio de um paraíso esquecido.
Quem pode saber?



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